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sexta-feira, 21 de maio de 2010

E6 - E o Brasil sai na frente!



Não, eu não estou falando da copa, nem em política, o assunto ainda é RPG. Mais especificamente o sistema de D&D inventado por fãs chamado de E6.
Sabemos que o sistema foi inventado pelo americano Ryan Stoughton após anos de jogo para testar o sistema na prática. Sabemos também que o americano chegou a criar novos talentos para facilitar e viabilizar a evolução dos personagens. Infelizmente, ele parou por aí, disponibilizando o jogo em fóruns na internet nos próprios “posts”.
Mas como tudo o que fica incompleto, alguém decidiu completar. E a idéia partiu de dois brasileiros: Pablo Vinicius “Griffith” da Cunha Parzanini e Alan “Uryuuh” Coutinho. Esses dois pioneiros tiveram uma idéia simples, mas eficiente, e criaram o primeiro livro de E6, chamado de Base de Montagem Ilustrada. É uma coletânea das regras de E6 e de D20 trazendo, inclusive, adaptações das raças com níveis raciais, adaptação de classes e até novas classes, novas características e talentos, além da explicação básica de como funciona o sistema D20 e o E6.
O novo livro tem tudo para agradar uns e desagradar outros, já que traz várias inovações, embora eu, particularmente, tenha gostado das que vi até agora. Os brasileiros foram bem cuidadosos ao criar o sistema.
Além disso, a forma como os níveis raciais influem na história acaba jogando os níveis de classe lá pro chão, se aproximando ainda mais do sentido do E6, que é deixar a aventura mais terrena e os jogadores mais mortais. A partir daí pode-se tecer tanto elogios como críticas, mas o fato é que os brasileiros mantiveram-se fiéis às regras do D20, às regras do E6, e ao próprio sentido do jogo.
O livro de regras possui mais de cem páginas até agora e ainda está em construção, mas o que já foi feito permite começar a jogar com o sistema e ter boas sessões de diversão. São 106 páginas de regras detalhadas e bem descritas com exemplos e fundamentações. Recomendo a leitura para aqueles que planejam jogar/mestrar uma aventura ou campanha de E6.
O download do livro completo em Documento do Word 97 pode ser feito por aqui
Agradecimentos especiais a Pablo Vinicius “Griffith” da Cunha Parzanini e Alan “Uryuuh” Coutinho, os criadores do sistema, e ao Forum de Livros de RPG onde o livro foi postado a pedido dos autores.
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Travessia da Passarela

  Estaciono no terreno baldio perto da concessionária e escondo o veículo em sombras para que ninguém ordinário possa vê-lo. Isso garantirá sua segurança, deixando-me menos preocupado.

walkingbridge_2   Subo a passarela lentamente, chegando até o piso plano. Vejo o centro de convenções da cidade à esquerda e a minha antiga Universidade à direita. Sei que este é o local certo, e, para garantir, conjuro um encantamento que libera meus sentidos de uma forma que não consigo descrever. Os gestos são realizados com desenvoltura, com a fluidez de meses de prática.

  Então vejo a passarela. Arcos e arcos comumente dispostos formando o portal.

  Era engraçado imaginar porque que as pessoas evitavam passar por este local. Uns diziam que era pressa, outros que era preguiça, mas todos se enganavam, escondendo de si mesmos a resposta. A verdade é que a passarela é um local especial, ela encerra ângulos e padrões arcanos imperceptíveis em toda a estrutura que ressoa com outro lugar, um local que traz medo às pessoas.

blackMagic   Começo a travessia, elaborando os padrões no ar, formando os símbolos. O espaço começa a se distorcer e as sombras tomam conta das cercanias. De repente só existe luz na passarela, engolfada em sobras externas, e é quando o portal se torna visível. À medida que ando sinto algo me repelindo, uma força que diz que não pertenço ao local que quero chegar, mas minha vontade é mais forte, distorcendo a própria realidade e abrindo caminho. Cada passo deve é cuidadosamente calculado, exigindo um símbolo diferente.

  Depois de segundos que se transcorrem em minutos, chego ao outro lado. Um local semelhante ao de outrora, mas totalmente diferente. Um mundo os habitantes não são bem o que parecem e todas as coisas que se escondem nas Sombras são verdadeiras.

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